quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A História de Anna & Kurt - Post 11 (SIGA A ORDEM DOS POSTS)

Anna
O quarto álbum teve vendas astronômicas. Foi o ábum que mais vendeu entre os que a gente já tinha lançado. Depois de mais ou menos um mês, ganhamos o Disco de Ouro. Ficamos bobos com aquilo. Tínhamos pouco tempo de estrada e já tínhamos ganhado um prêmio desse.
Queriam negociar outra turnê, mas estávamos exaustos desde Mad Pills. Deixamos para fazer mais tarde.
A única coisa ruim era que Kurt e os rapazes começaram a se drogar compulsivamente de novo. Eu me indignei, não bastava a confusão que eles já tinham feito antes?
Toda aquela pilha de lixo tóxico estava transformando o Kurt de bêbado bobo a bêbado agressivo. Bebia demais, e sempre acabava em discussão. Até que chegou ao extremo.
Kurt havia bebido muito, como sempre, e eu comecei a reclamar:
-Você não sabe que tem um bebê em casa? Está ficando completamente louco.
Nós começamos a pior briga de nossas vidas. Foi tão sério que ele começou a me estrangular. Apertou com força e fui ficando sem ar. Quando senti que iria ficar inconsciente, agarrei uma garrafa de vidro que estava no balcão da cozinha e arrebentei aquilo na cara dele. A pancada foi forte. O rosto dele tinha ficado todo ensanguentado e ele tinha desmaiado. Isso com Rose ali perto,na sala, pequenininha, tinha apenas 6 meses. Quando percebi o que tinha feito, me arrependi no ato. E se eu o tivesse matado? Peguei Rose no colo e falei para ela, sabendo que apesar de ser pequena, ela entenderia:
-Reze para seu pai ficar bem, querida. Reze muito que papai ficará bom.
Dez minutos depois, Rose dormiu. Coloquei-a no berço e fui até a cozinha. Kurt ainda estava inconsciente, com vários estilhaços de vidro no rosto. Tirei os restos de vidro e limpei o sangue, que estavam por todo o rosto dele. Limpei o chão e sentei ali ao lado dele, rezando para que não estivesse morrendo, e estancando o sangue. Ele acordou só no outro dia, e a primeira coisa que fez foi esfregar o rosto com força.
-Argh!
-Graças. Pensei que tinha te matado.
-Mas o que aconteceu? Que é isso no seu pescoço?
Só depois percebi que tinha um hematoma no meu pescoço. Ele pareceu entender o que tinha acontecido.
-E-eu fiz isso?
-Fez.
-E porque minha cara está doendo tanto?
-Arrebentei uma garrafa em você.
-Me conta essa história direito.
-Você bebeu, discutimos, você tentou me estrangular e, pra me defender, eu arrebentei uma garrafa na sua cara. Resumi.
-Não, não pode ter sido eu.
-Mas foi.
Ele começou a derramar lágrimas.
-Não acredito que fiz isso. Me desculpa, eu te suplico. Ele disse, soluçando.
-Mas desculpas não são o suficiente. O que você tem que fazer é ter a atitude de parar ou pelo menos controlar seu vício.
-Tem razão. Prometo que vou me controlar ao máximo.
-Promessas pra mim são vazias. O que quero ver é atitude.

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