segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A História de Anna & Kurt - Post 13 (SIGA A ORDEM DOS POSTS)

Anna
Depois do aniversário da minha filha, minha vida virou um inferno. Minha mãe sempre brigava com o Kurt, qualquer que fosse o motivo, e não o deixava ficar sozinho com a Rose. E eu fui me irritando cada vez mais, porque Kurt começou a discutir comigo por causa dela.
Até que um dia eu cheguei em casa e vi os dois discutindo, minha mãe tentando tirar a Rose do colo do Kurt. Me irritei ao máximo, mas me segurei para não gritar:
-Mãe, o que você está fazendo?
-Ela não quer que eu cuide da Rose. Kurt começou.
-Mãe, ele é o pai da menina e tem todo o direito de cuidar dela. Falei, pausadamente e tomando fôlego.
-Tudo bem. Ela falou, irritada. -Quando sua filha for estuprada por esse brutamontes não venha falar comigo.
O sangue do Kurt ferveu, assim como o meu. Não aguentei:
-Mãe, vá para casa.
-O quê?
-VÁ PARA CASA.
-Eu sou sua mãe e você não deve falar assim comigo!
-Mãe, a senhora está me desrespeitando na MINHA CASA. KURT É O PAI DELA E A SENHORA NÃO PODE PROIBI-LO DE FICAR COM A NOSSA FILHA.
-Está certo, vou embora. Ela falou, extremamente irritada, mas nada perto do que eu sentia na hora.
Ela foi embora batendo o pé e a porta. Kurt começou a reclamar:
-Sua mãe não me respeita. Como ela pensa que pode vir aqui e falar aquilo de mim?
-Já chega. Eu já resolvi.
-Mas sua mãe está sendo incoerente. Como eu poderia fazer isso?
O sangue ferveu mais ainda e falei, bem brava e seca:
-Escute bem, seu ingrato, se tiver algo para falar vá falar com ela. Não aguento você falando como se fosse EU a causadora do problema. Estou grávida, você sabe que não posso me estressar. Aquilo foi suficiente, e você ainda quer prolongar o assunto. JÁ CHEGA!
E fui para o meu quarto descansar um pouco. Umas duas horas depois, meu pai apareceu em casa. Cumprimentei-o e ele foi conversar comigo e com o Kurt.
-Olha, vim pedir desculpas pelo que aconteceu, e por tudo que sua mãe falou.
-Tudo bem, pai. Mas por que ela mesma não veio pedir desculpas?
-Você conhece sua mãe, nunca dá o braço a torcer. E minhas desculpas pra você também, filho.
Meu pai nunca chamou nenhum namorado meu de filho. Isso queria dizer que ele gostava mesmo dele.
-Não, tudo bem. Foi a raiva, só isso.
Depois de alguns minutos do mais puro silêncio, meu pai se virou para Rose, sentada no chão:
-Como vai minha bonequinha de porcelana?
E a pegou no colo e brincou com ela. Rose gostou muito mesmo do avô. Ele ficou até a noite, bebendo e escutando os discos do Alan Jackson com o Kurt. Desde pequena eu sempre gostei de Alan Jackson. Depois que meu pai foi embora e Rose já tinha dormido, escuto Remeber When, do Alan, na sala.
E lá estava Kurt, me pedindo para escutar com ele. Ficamos no sofá escutando, abraçados.. Dormimos por ali mesmo. Só acordamos com a Rose, mas resolvemos arrumar as camas na sala, para que ela também dormisse ali. Acordamos com uma confusão infernal do lado de fora. No início ninguém entendeu muito, mas logo depois nós vimos do que se tratava.

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