segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A História de Anna & Kurt - Post 3 (SIGA A ORDEM DOS POSTS)

Anna
Aquela idéia de ser groupie foi a melhor que eu já tive. Iria ter um lugar para ficar desde que eu escrevesse algumas letras. Pra mim isso não era nenhum esforço. Eu escrevia sobre quase tudo, em qualquer hora ou lugar. Mas quando o Kurt apresentou a idéia para os outros, eles começaram a me olhar torto e pediram para ver algumas coisas que eu já tinha escrito. Dei graças pelo meu caderno estar comigo. Arranquei a folha em que eu tinha escrito uma música antes do show e entreguei para eles. Eles leram com os olhos arregalados e disseram:
-Está na banda.
Além do Kurt, haviam na banda mais quatro garotos. O Gillian parecia um Slash loiro de olhos azuis. Era o baterista. Bill tinha cabelos pretos e parecia com Tony Iommi. Tocava baixo. Butch era o guitarra base, me lembrou um pouco Zakk Wylde na época em que era novo. Tommy era o vocal, era cheio de pinta, se parecia com Malcolm Young na época da juventude. O Kurt me lembrava o Ozzy, quando era novo (nenhum deles se parecia muito com esses caras, na verdade. Mas eles tinham o estilo parecido).
No início, os que mais se enturmaram comigo foram o Butch e o Gillian. Até mostrei para o Butch o que eu aprendi a fazer no violão quando era mais nova. De vez em quando eu até dava idéia de algumas bases para as músicas.
Com o tempo fui ficando amiga de todos eles, e até do produtor. E eu também ganhava cachê, assim como eles. Às vezes eu até me arriscava a subir no palco e tocar alguma coisa, mas eram muito poucas vezes.
Como entendi que eu iria mesmo ficar com eles, pedi à minha irmã mais nova que me trouxesse roupas, afinal, faziam poucos dias em que eu tinha sido expulsa, e eu não me arriscaria a voltar lá. Liguei pra ela:
-Oi, Ivy.
-Oi, Anna. Por que não voltou pra casa?
-Porque agora minha vida está melhorando muito desde que saí. Estou numa banda de rock agora.
-Mas por que você não volta? Estamos todos sentindo sua falta.
Eu sabia que com "todos" ela quis dizer apenas meus irmãos.
-Não dá, Ivy. Eles me expulsaram, e agora minha vida está melhorando. Não posso desistir de tudo agora.
-Mas...
-Já falei, Ivy, não vou voltar. Mas preciso que você me faça um favor.
-Tudo bem. Pode falar.
Era por isso que eu adorava minha irmã. Estava do meu lado acontecesse o que quer que acontecesse.
-Preciso que você traga minhas roupas.
-Quantas?
-Todas.
Dei o endereço de onde eu estava para ela e a Ivy veio, como sempre, trazendo minhas roupas na minha velha mochila de escola. Dei um beijo nela e disse para mandar lembranças à todos os meus irmãos. Ela me abraçou e foi embora. Kurt estranhou:
-Que é isso? Maconha, cocaína? Ele disse, super interessado na mochila.
-Roupas, seu lunático! Brinquei.
-Eu sabia, sua boba! Disse brincando e me abraçou por trás, antes de sussurar no meu ouvido:
-Por que você não dorme comigo esta noite?
-Melhor não.
-E por que não? Ele disse sem me soltar.
-Já falei, não tem nada entre a gente.
-Pois saiba que eu adoraria sentir teu corpo de novo.
-Pois tente consegui-lo. Desafiei.

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