domingo, 20 de março de 2011

A História de Anna & Kurt - Post 21 (SIGA A ORDEM DOS POSTS)

Kurt
Era um menino. Todo mundo dizia que seria uma menina, mas no fundo todo mundo tinha a esperança de ser um menino. Decidimos chamá-lo de Ozzy Sigmund Hudson. Tudo para darmos o apelido de Ozzy Zig.
Pensamos que, por ele ser menino, daria muito mais trabalho. Não. Era super tranquilo e obediente, na medida do possível. Claro que ele também aprontava das suas. A travessura que a Anna mais gostou foi quando ele tinha cinco meses, e espalhou toda a coca e a maconha na grama, junto com nossas garrafas novinhas de Whisky escocês que o pessoal estava bebendo, no meu momento de distração. Não briguei, ele estava certo. Mas cuidei para que ele não fizesse aquilo de novo.
Quando ele fez seis meses, Rose tinha dois anos e sete meses, e Regan um ano e cinco meses, a turnê havia acabado, então todo o meu tempo livre eu ficava com meus filhos, brincava com eles, levava para passear, todas as obrigações incluídas no pacote quando você se torna pai.
Visitamos boa parte de Londres. Em um desses passeios, eu aprontei mais uma das minhas. Bebi pra caramba e acabei quebrando uma guitarra de uma loja de instrumentos em Londres. Tive que arcar com o preço, claro. Mas eu tinha que quebrar a guitarra mais cara da loja?
Pensando nisso, Anna propôs de a banda toda sair pra comprar instrumentos novos. Roupas também. Renovar boa parte do arsenal.
Foi isso que fizemos. Mas na maior parte do tempo eu e meus companheiros de bebida zoamos boa parte das lojas. Mas até que conseguimos, e foi bom termos feito isso. Os instrumentos eram ótimos, melhores do que os antigos. Convidamos Adam e Butch para uma confraternização. E eles vieram. Ficamos várias horas conversando, bebendo, falando, ouvindo e até cantando. No final, Butch nos deu todos os discos do Astones. Mas quando Adam foi se despedir, abraçou todo mundo fortemente e se via nitidamente lágrimas em seus olhos. Fiquei perturbado. Dormi totalmente irrequieto.
Estava sonhando que estava num lugar que achei representar o paraíso. Via de longe Adam de branco, acenando para mim. Eu acenei de volta, e, quando estava indo ao encontro dele, acordo com o telefone tocando.
Era a pior ligação que eu podia receber.

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