domingo, 8 de maio de 2011

A História de Anna & Kurt - Post 27 (SIGA A ORDEM DOS POSTS)

Kurt
Quando chegamos nos E.U.A., por volta de meia-noite, Ronald tinha nos hospedado no Holiday Inn. Seria o hotel perfeito, isso se eu não fosse casado. Não sabíamos dessa ideia até que Tommy e Gillian nos contaram. Eles eram os únicos solteiros, por isso pediram para ficarem hospedados lá.
Só que eles esqueceram de dizer que eram só eles que iriam ficar lá.
Como as reservas já estavam feitas e pagas, não reclamei, seria ingratidão minha. Anna também não falou nada, mas percebi o quão desconfortável ela estava. Tommy e Gillian não raciocinaram que o resto da banda tinha crianças, e um lugar cheio de menáges e mulheres nuas não era nada apropriado. Anna ligou para ele:
-Ronald, não que eu esteja sendo ingrata, mas eu realmente queria ficar no ônibus, o hotel é lindo, mas tem crianças com a gente.
-Mas Tommy e Gillian disseram para pôr o ônibus num estacionamento.
Ela ficou fula. Estava escuro e o estacionamento ficava longe pra cacete. Se segurou pra não ser grossa com o Ronald.
-Tudo bem, mas o que a gente faz com as crianças? Você tem que concordar que esse lugar pode deixá-las traumatizadas.
-Sim, foi por isso que chamei um táxi pra levar as crianças para a casa da Julia aqui nos Estados Unidos. Ela está de férias aqui.
Eu e Anna ficamos mais tranquilos. Julia adorava crianças e tinha uma babá e uma empregada para cuidar dos netos dela. Só fiquei meio preocupado com o Isaac. Ele só tinha 8 meses e Bill iria surtar sem ele, tenho certeza. A pedido dele e da minha irmã, fiz o Ronald levá-los junto para a casa da Julia.
Teve um lado que foi legal nesse hotel. Eu podia ficar sozinho com a Anna. Haviam várias groupies ali. As groupies ficaram na piscina com Gillian e Tommy. Anna deu uma última olhada e falou:
-E pensar que eu já fui uma dessas.
-Por apenas uma única noite, e foi apenas para conseguir me conquistar. Tranquilizei ela.
Com isso ela me beijou e subimos para o quarto. Íamos passando pelos corredores e eu via várias meninas bonitas me olhando. Não me importei, até que isso aconteceu:
Eu e Anna entramos no quarto. Tinha colchão d'água. Perguntei:
-Poderia me dar a honra de te tocar hoje?
Ela riu e disse que sim. Começamos a nos beijar. Coloquei a camisinha. Começamos e, dois minutos depois, alguém bate na porta.
Acho que como não escutou ninguém, se achou no direito de entrar. Era uma das meninas que estavam me olhando . Ela olhou feliz e excitada e perguntou:
-Posso me juntar a vocês?
Olhei com cara de quem diz "você é tonta ou o quê?". Anna ficou tão fula que mandou a menina ir embora aos berros. Depois que a menina saiu assustada, Anna levantou e trancou a porta. E disse:
-Podemos continuar?
-Claro que podemos.
E continuamos. Escutamos batidas irritantes na porta, e às vezes alguém querendo abri-la. Mas não nos importamos. No outro dia, nos arrumamos para o café e para o show, que seria à noite.
Perguntei pro Tommy e pro Gillian:
-Como foi a noite de vocês?
-Incrível. Respondeu Tommy. -Bati o recorde.Cinco garotas.
-Sete garotas. Gillian se gabou.
-Bom, isso foi só no quarto. Se contar com as da piscina, foram doze.
-Quinze. Rebateu Gillian.
-Pare de se gabar antes que eu te acerte! Ameaçou Tommy. Mas percebi que era brincadeira, porque logo depois eles começaram a rir.
Olhei pra eles e pensei que até gostaria de sair com quinze numa noite, mas me lembrei da Anna. Ela, pra mim, valia mais do que todas essas 27 garotas. Valia muito mais do que qualquer uma, não importa o quanto fosse bonita. Ela era só minha, era muito mais do que uma garota. Era companheira, sabia o que era certo e que não tinha medo de me punir quando eu estava errado. E isso não se tem com 27 garotas numa noite só.
No mesmo dia ficamos sabendo que o Guns N' Roses iria fazer os shows nos E.U.A. com a gente. Ficamos super felizes, nós adorávamos eles.
O show foi tão legal quanto o do Iron Maiden. Na hora em que eles tocaram This I Love, Anna chorou. Adorava a música desde que o Chinese Democracy havia sido lançado. E gostava do GN'R desde pequena. Todos ficaram muito felizes de conhecerem o Axl Rose. E o resto do pessoal era bem legal também. Anna disse pra mim que This I Love era a ressureição do som do Guns antigo. Concordei com ela. Uma pena que os shows nos Estados Unidos passaram tão rápido. Partimos com uma tristeza imensa para o Canadá.
Quando chegamos lá, senti na pele o que a Anna sentiu quando nós estragamos o show na Austrália.

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