segunda-feira, 4 de julho de 2011

A História de Anna & Kurt - Post 39 (SIGA A ORDEM DOS POSTS)

Anna
Depois que Kurt tinha ido embora, eu fiquei horrivelmente triste. Mergulhei numa depressão e tentava maquiá-la a todo custo. Chorava todas as noites antes de dormir, mas nunca demonstrava a minha tristeza em público. Tommy foi o que mais me apoiou naquela fase. Ficava ao meu lado sempre e isso melhorava um pouco o meu estado.
Meu pai, percebendo o meu estado, levou meus filhos para a casa dele. Ele sabia que eu estava completamente desequilibrada e seria ruim para eles. Fiquei muito solitária naquela casa vazia, e Tommy ficava lá comigo todas as noites. Numa delas, eu havia bebido um pouco, e ele também. Acabei chorando. Ele apenas me abraçou e disse:
-Vai ficar tudo bem.
Depois, não consegui me controlar. Eu o beijei. Ele retribuiu. Acordei no outro dia e as fichas caíram: eu havia transado com ele. Me senti um pouco mal por isso. Mas também me senti bem. Me dava um pouco de conforto. E Kurt continuava fora de casa. Não importava o que os outros dissessem, ele estava orgulhoso demais para voltar. Aquilo me dava cada vez mais raiva. Transava com Tommy toda noite de tanta raiva que estava dele. Tinha certeza que depois que ele voltasse aquilo seria o fim. E Tommy, de saco cheio, resolveu agir e ligou para ele:
-Kurt?
-Fala Tommy.
-Só queria dizer que você é um filho da puta.
-E por que isso agora?
-Você tem a mulher perfeita e fode com tudo, você é idiota ao extremo. E saiba que agora ela está transando com outro homem, e só por causa dele ela esqueceu o que é quase convulsionar de chorar todas as noites.
-E quem é ele?
-Sou eu, seu corno. Agora vá se fuder.
No outro dia, Kurt estava de volta. Eu estava com tanto ódio que não queria vê-lo. Mas ao mesmo tempo queria vê-lo e ficar ao lado dele. Me segurei para que esse meu lado não se manifestasse. Ele se sentou ao meu lado e começou a falar:
-Me desculpe.
-Pelo que?
-Por ter feito isso com você.
-Isso o que?
-Eu te trai, assumo, e não deveria ter saído de casa, estava com tanta raiva que não pensei.
-Eu também briguei com você por raiva e não pensei, mas você em vez de me entender saiu de casa. Por que agora eu deveria te entender?
-Não estou pedindo que me entenda. Estou pedindo que me perdoe. Disse ele com a voz embargada.
-Foi exatamente isso que eu te pedi. E em vez de atender ao meu pedido, saiu de casa. Me diz por que eu devo te perdoar agora.
-Eu errei. E eu sei que você me ama. E que irá considerar tudo o que passamos juntos. Disse já chorando.
Eu fiquei com tanta raiva que as lágrimas começaram a cair, e gritei:
-Você fodeu com a minha vida toda desde o dia em que eu pus meus olhos em você!
Respirei fundo e ele se levantou. Quando ele ia abrir a porta, eu disse:
-Quero o divórcio.

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